Mariliza Baptista

O Amor que a gente inventa

Você já ouviu alguém dizer assim: “no começo, é só amor” ou “aproveita enquanto você namora, porque depois que casa, tudo muda”? Chega até mesmo a ser engraçado ouvir isso de pessoas que permanecem casadas ou em relacionamentos longos. Mas eu vou te explicar porquê isso acontece.

Considere o início do relacionamento como a fase da lua-de-mel. Ela marca o princípio da vida amorosa entre os parceiros e costuma conter aspectos de novidade, momentos prazerosos e outros de insegurança. É muito comum uma constante necessidade de estar em contato com a parceira; elogios e “eu te amo” sendo distribuídos a cada minuto do dia; vontade de estar perto; valorização das coisas que faz e gosta com o parceiro; entre outras coisas românticas.

Só que, como a grande maioria dos relacionamentos, após um período os comportamentos mudam e já não possuem mais esse efeito que os mantém.

O que eu quero dizer com isso? O amor romântico passa a não ser mais suficiente e o casal adapta uma rotina relativamente estável de atividades e comportamentos.
As pessoas costumam utilizar emoções de prazer e/ou desagrado como o melhor parâmetro para medir se os seus relacionamentos estão bem e faz com que a gente acredite que um relacionamento feliz e saudável sempre vai gerar emoções prazerosas. Esquecemos que problemas surgirão ao longo do tempo.E esquecemos, também, que as habilidades de resolução desses problemas do casal terão que ser emitidas. O casal soluciona a questão problemática e consegue retornar para comportamentos que o parceiro mantém ou que são mantidos por emoções e momentos prazerosos.

Em geral, dentro de um relacionamento amoroso, somos modificadas pela relação com o outro e, consequentemente, modificamos o outro de algum modo. Portanto, estar atenta ao que se pode fazer para promover mudanças favoráveis ao relacionamento amoroso é essencial para que uma relação seja “uma rotina” saudável e afetuosa.

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