Mariliza Baptista

O que te sisseram sobre liberdade?

Eu sei que as pessoas costumam relacionar a liberdade ao agir diante da própria vontade do indivíduo, como se a causa da sua ação não dependesse de algo e, sim, do que está “dentro da pessoa”. Conceituar a liberdade dessa forma pode ser bastante frustrante, pois pode se tornar uma tentativa constante de almejar algo que não seja possível alcançar. É natural que a gente encontre muitos conceitos de liberdade do ponto de vista filosófico, político, ético… Mas eu gostaria de apresentar uma outra forma de conceituar liberdade.

Para a análise comportamental, liberdade, segundo Skinner (1972), é quando controlamos as contingências (que é a forma de representar como os nossos comportamentos surgiram e como eles se mantém) que controlam o nosso comportamento. Mas para controlar essas contingências, é necessário conhecê-las.

Geralmente, as pessoas se comportam de forma a não estarem atentas ao motivo pelo qual as coisas acontecem na vida delas e dessa forma acabam atribuindo e justificando sua forma de agir a causas “interiores”, o que não traz nenhuma explicação e muito menos alguma mudança.

Quantas vezes ouvimos queixas sobre o fato de não nos sentirmos livres e que não desejam serem controlados por aquilo que sentem e/ou fazem. Sem nos (re)conhecermos, atribuímos a expressão “deixa a vida me levar” e acabamos chegando em lugares que não gostaríamos de estar.

Ser livre é compreender que a vida é um processo em constante mudança, no qual somos ativos e atuantes e que existem inúmeras possibilidades e alternativas para modificarmos, aprendermos e/ou aceitarmos aquilo que esse processo nos proporciona.

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